Às que vieram e às que virei: uma parceria Arquivo Lésbico Brasileiro e Peita

Às que vieram e às que virei: uma parceria Arquivo Lésbico Brasileiro e Peita

No mês do Orgulho e Visibilidade Lésbica lançamos a nossa nova frase, uma cocrição com o Arquivo Lésbico Brasileiro - ALB.

Um patrimônio de visibilidade e memória, o Arquivo é uma instituição da sociedade civil que nasceu em 2020, por iniciativa de pesquisadoras que, cientes da dificuldade de encontrar fontes sobre lesbianidade, pretendiam facilitar o acesso e a difusão da memória lesbiana. Reuniu acervos pessoais e doações, transformando-os em parte do patrimônio do ALB.

Composto por lésbicas com identidades de gênero variadas, além de pessoas voluntárias e aliadas de outras orientações sexuais, no Brasil, o Arquivo está presente em 6 estados e Distrito Federal, com integrantes no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de Providence e Nova York, nos Estados Unidos.

Há 3 anos desempenha um papel essencial ao interromper a trajetória de apagamento imposta à história das mulheres lésbicas, ao mesmo tempo em que amplia a visibilidade da comunidade e permite que ela saiba sobre seu passado como sujeitas históricas.

"Às que vieram e às que virei" ressoa com o propósito profundo do Arquivo Lésbico Brasileiro: assegurar a preservação e o livre acesso à memória lésbica, oriundos do Brasil ou do exterior, e democratizar o acesso a esses itens

 

"É crucial referenciar quem abriu caminhos em uma trajetória marcada pelo silenciamento, preconceito e desumanização dos corpos e da existência de mulheres lésbicas. Às que compõe a nossa construção e são a base do que nos tornamos." afirma Karina Gallon, idealizadora da Peita.

 

A frase em cocriada com a Peita é uma homenagem a quem veio antes de nós e àquelas que ainda virão. Para que no futuro não se escreva mais uma história sem nós. Com a parceria espera-se ampliar a visibilidade do projeto e estimular as colaborações com o acervo, que segue na missão de constituir-se como centro de referência de pesquisa e documentação lésbica.

Além de sua coleção, a instituição também mantém um clube de leitura mensal, já com mais de 10 edições realizadas, com foco em leituras que exploram a temática da lesbianidade, incluindo obras escritas por lésbicas, seguidas de debates construtivos. As sessões acontecem virtualmente, permitindo que as participantes contribuam financeiramente de acordo com suas possibilidades.

Olhando para o futuro, os objetivos do ALB incluem garantir uma sede, um espaço físico para suas atividades, além do avanço nos processos de digitalização do acervo, visando expandir ainda mais sua biblioteca digital.

Sobre o processo de curadoria dos arquivos, as doações e aquisições de materiais seguem critérios estabelecidos pela diretoria, levando em consideração aspectos como recursos financeiros, espaço disponível e relevância para a coleção. Embora as decisões finais de compra e aquisição sejam tomadas pela diretoria, sugestões podem ser feitas por qualquer integrante ou mesmo por indicações externas.

Na diretoria-geral, está Paula Silveira-Barbosa, lésbica negra, não-binária, jornalista, pesquisadora, estudante de história. Stela Barboza, mulher cis, lésbica, branca, psicóloga clínica e especializada no atendimento de lésbicas, compõe a diretoria-financeira. Julia Taveira é diretora-administrativa, estudante de história, professora da educação básica, mulher cis, lésbica, branca.

O Arquivo disponibiliza itens de seu acervo de maneira gratuita na área restrita do site. A consulta é exclusivamente digital, sendo vedada a reprodução. Para acessar, é necessário um cadastro prévio, como em qualquer instituição de memória, como bibliotecas e centros de documentação. 

Com a parceria esperamos sensibilizar as mulheres lésbicas para que contribuam, seja por meio de doações materiais, financeiras ou mesmo se tornando parte ativa da organização.

Para somar ao projeto com obras ou integrar a equipe, escreva para arquivolesbicodobrasil@gmail.com

 

 

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