HISTÓRIA DE UM IDEAL VIVIDO POR UMA MULHER e textos escolhidos de Juana Rouco Buela.

HISTÓRIA DE UM IDEAL VIVIDO POR UMA MULHER e textos escolhidos de Juana Rouco Buela.

Juana Rouco Buela foi uma anarquista publicadora. Escreveu, editou e produziu Nuestra Tribuna, além de ter trabalhado em vários ofícios como passadeira e jornalista, por exemplo. Subiu e desceu rampas de navios. Esteve clandestina e sozinha em um deles. 

Este é o livro de Juana Rouco Buela, que migrou criança para a Argentina, escreveu uma autobiografia no final da sua vida, onde conta suas ações em diversos países e fala do ideal anarquista que viveu e nunca abandonou. Viveu no Brasil, mas foi na Argentina e nas terras rioplatenses que construiu seus afetos mais profundos.

Entendemos que de uma hora para a outra viria a batida e era preciso tirar de casa todas as coisas do jornal e assim o fizemos. A menina que era minha aprendiz entrava e saía com pacotes de roupas e dentro colocávamos tudo o que poderia nos comprometer. Pensamos, seguindo as instruções do Dr. Schiafino, como eu poderia sair sem ser vista por aqueles que guardavam a casa. A compañera, que morava na esquina, vestiu o xale que eu havia usado o dia todo e eu me vesti com um terno masculino régio e um chapéu de aba larga usado naquela época. O terno me serviu tão bem que parecia ter sido feito sob medida para mim e, enquanto a compañera corria na direção de sua casa, saí acompanhada de dois compañeros fumando um cigarro na direção oposta. O policial, como havíamos pensado, foi atrás de Tamoyne julgando ser eu e, quando ele voltou a se posicionar em frente à porta, eu já estava longe, pois um carro me esperava a duas quadras de casa.

Duas horas depois, ou seja, às oito horas da noite, a polícia veio com a ordem do juiz para efetuar a busca. Eles vasculharam a casa inteira, me procuraram em cada canto e, claro, não conseguiram me encontrar.

O livro conta com textos de Ingrid Ladeira, Angela Roberti, Laura Fernandez Cordeiro e Rut Akselman-Cardella (neta de Juana). A tradução para o português é de Fernanda Grigolin. Os desenhos são de Dandara Luigi. A edição é de Aline Ludmila e a produção editorial é de Beatriz Silvério. 

 

Três livros, três mulheres:
todas latino- americanas e revolucionárias.

A obra compõe a Coleção Charlas y Luchas da Tenda de LivrosO anseio principal é falar de mulheres anarquistas latino-americanas e sua vontade de ação. Maria A. Soares, Juana Rouco Buela e Margarita Ortega Valdés são as três personagens:

Maria A Soares, brasileira, não deixou um livro pronto, mas deixou textos em diversos periódicos entre 1912 e 1922. A equipe da coleção transcreveu seus escritos e os transformou em uma publicação.

Juana Rouco Buela, que migrou criança para a Argentina, escreveu uma autobiografia no final da sua vida, onde conta suas ações em diversos países e fala do ideal anarquista que viveu e nunca abandonou.

Margarita Ortega Valdés deixou um único texto, mas sua história foi relatada por Ricardo Flores Magón e ela é considerada infatigável e essencial para a Revolução Mexicana. 

O projeto gráfico da coleção foi desenvolvido por Laura Daviña e para cada livro foi proposta uma metodologia de edição cuja unidade é dada pelo projeto editorial. 

 

 

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