LUTE COMO UMA AVECISTA por Camila Fabro

LUTE COMO UMA AVECISTA por Camila Fabro

Meu nome é Camila Fabro, sou de Curitiba, e no ano passado, aos 34 anos, sofri dois AVCs que mudaram a minha vida.


A intenção deste texto é incentivar emocionalmente pessoas que estão passando pelas mesmas dificuldades. O pessoal gosta, se sente feliz, e eu também. Este texto especificamente é inspirado na minha história e de outras mulheres avecistas que ajudam muito na minha recuperação (uma delas teve AVC aos oito anos).


desmiolada camila fabro

Eu sou roteirista e redatora. O AVC me inspirou a escrever sobre o que estava sentindo, e daí surgiram alguns projetos, entre eles o blog Desmiolada. Dá trabalho, mas o retorno emocional tem sido fantástico.

Eu também luto contra um tipo de afasia (alteração da função da linguagem consequência de lesão cerebral) e, às vezes, escrevo trocando algumas letras. Revisei este texto mil vezes mas, se por acaso, escapou um errinho, peço desculpas.

A minha intenção com esse trabalho é dar visibilidade a todas as pessoas avecistas que sofrem um "puta" preconceito no mercado de trabalho, na vida amorosa e na sociedade em geral.

A maioria de nós, que tivemos AVCs aos trinta e poucos, somos negligenciados assim que chegamos no hospital, porque os sintomas são confundidos com os da overdose.

Primeiramente, todo mundo deve ser bem tratado no hospital, independente da causa que a levou até lá. Infelizmente, a "espera" no diagnóstico correto faz com o AVC se intensifique e que nossas sequelas se tornem irreversíveis.

Poucas pessoas sabem que AVC pode ocorrer em qualquer idade, eu era uma delas, e essa falta de informação prejudica e estigmatiza o avecista. Somos muitos e estamos lutando por visibilidade para garantirmos nossos direitos e evitarmos que outras pessoas passem pelo mesmo que nós.

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Camila Fabro da Silveira é professora, escritora, sobrevivente de dois AVCs e criadora do blog Desmiolada.

 

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peita.me
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