De 7 a 11 de setembro será realizada a 2ª Marcha de Mulheres Indígenas do Brasil. O lema deste ano é MULHERES ORIGINÁRIAS: REFLORESTANDO MENTES PARA A CURA DA TERRA. A Peita, juntamente com a cacique Juliana Kerexu, da aldeia Tekoa Takuaty, a União Amazônia Viva e o Projeto Origem, se uniram para viabilizar a viagem e permanência de mulheres indígenas do Paraná em Brasília.
Serão duas ações, a primeira é a produção da frase Lute como uma garota em guarani - Nhanembaraete xondaria kuery - e em kanhgág - Tyãg fi vãsãn rike han - com a estampa em vermelho. As camisetas serão comercializadas no acampamento e Marcha das Mulheres Indígenas por duas lideranças do Paraná: a cacique Ju Kerexu e a universitária, artesã e ativista, Camila MīgSá, da aldeia Kakané Porã. A marca-protesto vendeu as camisetas a preço de custo ao movimento voluntário União Amazônia Viva, que as doou e, por isso, todo o lucro será revertido para a resistência indígena no Distrito Federal.
A segunda ação é o lançamento da ‘Lute como uma indígena.’ pela Peita. Parte do lucro arrecadado durante o mês de setembro será destinado à articulação da ida de mulheres indígenas à Brasília. A pré-venda desta peita já está disponível no site.
A luta não é apenas para preservar a vida dos povos indígenas, mas da humanidade inteira. São os indígenas que atuam diretamente na proteção e sobrevivência do meio ambiente. As mulheres, com seus saberes ancestrais, são guardiãs das sementes, da vida.
( • ) sobre a marcha
O chamado da 2ª Marcha das Mulheres Indígenas é pela luta em defesa da vida das mulheres das florestas, das águas e das montanhas e contra o genocídio que o governo de #ForaBolsonaro e seus apoiadores impõem à população indígena com o Projeto de Lei 2.633/20, também conhecido como PL da Grilagem, e o PL 490/2007, do Marco Temporal, que visa permitir a exploração e destruição de territórios indígenas por iniciativas do agronegócio, da mineração e da infraestrutura.
#MarcoTemporalNão é a ideia colonizadora de que uma terra só pode ser demarcada como indígena se for comprovada a presença dos povos em outubro de 1988. Mais de seis mil pessoas estão em Brasília lutando contra a invasão de suas terras. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) deu início ao acampamento Luta pela Vida, em Brasília, no dia 22 de agosto.
Atualmente o Brasil tem 421 terras indígenas homologadas, onde vivem cerca de 466 mil pessoas. Existem 303 pedidos em trâmite aguardando a boa vontade presidencial. São 191 mil indígenas com futuros incertos.
Acompanhe as manifestações na @midiaindiaoficial .
( • ) União Amazônia Viva
Movimento voluntário que une pessoas e organizações não governamentais comprometidas com a Amazônia em prol de um mesmo objetivo: preservar vidas. Estão realizando uma ajuda humanitária para enfrentar a COVID-19 na Amazônia, apoiando ações de saúde e segurança alimentar nas comunidades mais afetadas e vulneráveis aos impactos da pandemia.
( • ) Projeto Origem
Organização voluntária com o intuito de apoiar, fortalecer e ecoar o re-existir dos povos indígenas da Região Sul do Brasil. Estão na luta por um mundo onde os povos indígenas de todas as regiões e localidades possam ter seus direitos e modos de ser, fazer e re-existir amplamente respeitados com dignidade, ética e equidade
( • ) Outras formas de ajudar
Apoie o acampamento Lute pela vida, organizado pela Associação dos Povos Indígenas do Brasil doando qualquer quantia aqui.
Outra forma de contribuir para manter os povos em luta é através do pix projetoeupossodoar@gmail.com .