Rafiki | Cine debate organizado por PEITA, Coletivo Cássia e Olhar Distribuição

Rafiki | Cine debate organizado por PEITA, Coletivo Cássia e Olhar Distribuição

No Mês da Visibilidade Lésbica, PEITA, Coletivo Cássia e Olhar Distribuição se unem para exibir 'Rafiki' (Amiga, em português), no Cine Passeio, em Curitiba. A  sessão está marcada para este sábado, dia 10 de agosto, às 18h30 e logo após, às 20h, haverá um debate com mulheres que são referências do movimento lésbico no Paraná. 

O longa-metragem dirigido pela queniana Wanuri Kahiu é inspirado no livro Jambula Tree, um romance da ugandense Monica Arac de Nyeko. O filme conta a história de Kena e Ziki, duas adolescentes criadas para serem boas esposas e mães, que mantém uma forte amizade, independente da rivalidade política da sua família durante as eleições de seu país e acabam se apaixonando. Afinal, não existe nada mais forte que amor de sapatão.

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A partir das vivências das duas protagonistas, a diretora queniana percorre diversas esferas por onde preconceito e violência contra gênero e orientação sexual – institucionalizados no país – se instalam. Ela vai do micro (família, círculo de amigos e vizinhos) ao macro (religião, polícia, Estado) para demonstrar como a “normalidade” de uma comunidade cai por terra quando pessoas são possuídas pelo ódio contra aquilo que acreditam ser diferente e inaceitável.

 “Parece-me importante contar histórias de amor que ocorram na África, porque não costumamos ver africanos que se apaixonam no cinema”, afirma a diretora para o El País

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No Quênia o filme foi proibido pelo comitê de classificação de filmes por “legitimar homossexualidade”, prática considerada crime e punida com até 14 anos de prisão. O governo queniano chegou a alegar que a diretora enviou outro roteiro para aprovação, fake news que Wanuri desmentiu.

Para colocar lenha no debate, cinco mulheres de responsa compartilham suas experiências e impressões sobre o longa-metragem: 

( • ) Heliana Hemetério
Coordenadora da Rede Candaces de Lésbicas e Bissexuais Negras Feministas e autônomas, Heliana iniciou sua militância em 1980. Com uma vasta experiência em diversas instituições, faz parte do IPCN (Instituto de Pesquisas de Cultura Negra), Movimento Feminista, Movimento de Mulheres Negras e é membro da Cevige (Comissão de Estudos Sobre Violência de Gênero).

( • ) Giorgia Prates
Fotojornalista e fotógrafa, atua no Jornal Plural e Brasil de Fato, além de outras mídias de notícias como Terra sem Males e CWB Resiste. Também faz parte da Frente Única de Cultura do Paraná (FUC) e é idealizadora do coletivo Pedagogia Preta. 

( • ) Sapa Cine/ Patricia Cipriano
Atriz, performer, produtora e vocalista da pós-banda Horrorosas Desprezíveis. Circula como artista autônoma pela cidade de Curitiba. É com a Companhia de BifeSeco e Casa Selvática que desenvolve suas pesquisas sobre dramaturgia autoral, teatro de revista, cabaré, feminismo. SAPACINE é um evento organizado por Amira Massabki, Jo Mistinguett, Patricia Cipriano, Semy Monastier e Simone Magalhães na última quinta-feira do mês. 

( • ) Cássia/ Ananda Putcha
Ananda Puchta, advogada, presidenta da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB-PR, co-fundadora do Coletivo Cássia e também atua como voluntária no Grupo Dignidade coordenando a área de Engajamento Corporativo.

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( • )SERVIÇO
Rafiki | Sessão debate no Cine Passeio
Data: 10 de agosto, sábado.
Hora: Filme às 18h30 e debate às 20h. 
Local: Cinepasseio - R. Riachuelo, 410, Centro.
Evento gratuito. 
Mais informações no evento.

( • )FICHA TÉCNICA
Direção: Wanuri Kahiu
Duração: 1h22
País: África do Sul, Quênia, França, Holanda, Alemanha, Noruega.
Ano: 2018
Elenco: Samantha Mugatsia, Sheila Munyiva, Dennis Musyoka.
Gênero: Drama.

( • )
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