Os exercícios físicos em geral melhoram a qualidade de vida das mulheres que tiveram a doença e ainda diminui a probabilidade de reincidência dos tumores. O remo é considerado uma ótima atividade de reabilitação, porque proporciona condicionamento físico, fortalecimento muscular e consciência corporal, além dos ótimos benefícios da liberação da endorfina, também conhecido como hormônio do prazer (ihuuuu).
A médica, Nicolle Schio, explicou melhor para gente como a remada ajuda fisiologicamente o corpo.
“A prática do remo para mulheres com câncer de mama foi introduzida em 1996 pelo médico Donald C. McKenzie. Trabalhando com um grupo de pioneiras, ele comprovou que o movimento rítmico e cíclico do remo fazia uma espécie de drenagem linfática natural, favorecendo a prevenção do linfedema (inchaço das partes moles debaixo da pele que aparece quando o sistema linfático deixa de conseguir transportar a linfa) que comumente ocorre após tratamentos de câncer que envolvem cirurgia de mastectomia e radioterapia.
A remada também diminui significativamente a incidência de doenças cardiovasculares, como infarto por exemplo, devido a sua capacidade aeróbica importante. Esse resultado foi confirmado através de vários estudos que comprovam que esse exercício, quando praticado regularmente, melhora a capacidade respiratória e reduz a fadiga em até 90% dos casos e também alivia preocupações relacionadas ao câncer, aumentando, consequentemente, a qualidade do sono e da vida.
Em se tratando do sistema linfático, o exercício é benéfico por fazer contração muscular e assim proporcionar drenagem da rede de vasos linfáticos (rede esta que circula por todo o corpo e carrega leucócitos, lipídeos, imunoglobulinas, dentre outros fluidos corporais) diminuindo o inchaço local, o desconforto, a dor e a sensação de inchaço e peso. Além disso, como melhora a força e o alongamento muscular, permite mais ampla movimentação dos membros superiores para que essas mulheres possam independentes realizar tarefas do dia a dia.
Já falando da imunidade, sabe-se que a prática de exercícios físicos continuados produz hormônios que combatem as interleucinas deletérias liberadas pelo câncer, que causam perda de massa muscular, caquexia, falta de apetite, dentre outras complicações.
A participação nas provas de remo também inspira mulheres a viverem um estilo de vida saudável e equilibrado e o suporte do grupo mostrou-se essencial para recuperação psicológica das praticantes, melhorando humor, senso de conquista, motivação, melhora da imagem corporal, da libido, crescimento pós-traumático (percepções de mudança positiva resultante da luta com eventos altamente estressantes), competência física e redução do estresse. Estar com outras sobreviventes de câncer de mama pode ser um motivo de celebração e diversão.”
A Deborah Vons, idealizadora do “Remando para a vida”, sobreviveu a três cânceres (mama direita, mama esquerda e tireóide) e agora treina e compete em provas de canoa haitiana. “Eu incentivo outras mulheres (principalmente as que tiveram câncer de mama) à procurar atividades de remada como um catalisador para a conexão entre elas, para o desenvolvimento das suas potencialidades, o fortalecimento e aceitação do próprio corpo e seus processos de independência pessoal. Enfim, qualidade de vida. No caso de mulheres que tiveram (ou ainda estão passando pelo) câncer de mama, há um plus no sentido de conscientização da necessidade de qualidade para a sobrevida”, comenta a remadora.
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