SAPATAS SAGRADAS por Megg Rayara Gomes de Oliveira

SAPATAS SAGRADAS por Megg Rayara Gomes de Oliveira

A representação de Santa Perpétua & Santa Felicidade na arte sacra e na arte queer¹

Por Megg Rayara Gomes de Oliveira²

santa perpetua e santa felicitá
FIGURA 1 – EILEEN MCGUCKIN, PERPETUA AND FELICITY, USA.

Introdução

As narrativas observadas na arte sacra³, em especial na pintura, contribuíram para reescrever a história de vida de alguns/mas santos/as católicos/as, onde se observa a omissão de alguns detalhes considerados inadequados e a reinterpretação de outros de maneira mais suave. No caso de santos/as que eram adeptos/as de práticas homossexuais, torna-se imperativo, a partir do século XII, que tenham uma cis4 heterossexualidade estabelecida, a fim de justificar sua santidade.

John Boswell pesquisador da Universidade Yale nos Estados Unidos da América morto em 1994, aos 47anos, foi o primeiro a afirmar que a igreja católica não condenou as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo até o século XII. (Cynara MENEZES, 2011). Pelo contrário, a igreja católica “realizava rituais matrimoniais religiosos durante toda a Idade Média por sacerdotes católicos e ortodoxos para consagrar uniões homossexuais” (BOSWELL apud MENEZES, 2011). Essas uniões seriam abençoadas por São Sérgio & São Baco.

Para o professor Carlos Callón, da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, a perseguição contra homossexuais partiu originalmente do Estado, e se constituiu em arma política. Só mais tarde a Igreja se converteria na principal fonte do preconceito. (MENEZES, 2011).

Os traços básicos do preconceito contra a homossexualidade tiveram sua origem na Baixa Idade Média, entre os séculos XI e XIV. É nessa altura que emerge a intolerância homofóbica, desconhecida na Antiguidade. Inventa-se o pecado da sodomia, inexistente nos mil primeiros anos do cristianismo, a englobar todo o sexo não reprodutivo, mas tendo como principal expoente as relações entre homens ou entre mulheres. (CALLÓN apud MENEZES, 2011).

Para fazer tais afirmações Callón consultou códigos legais, crônicas históricas, prosa literária, poesia religiosa e, sobretudo a literatura profana del corpus gallego-portugués medieval, procurando dialogar com a obra de especialistas, como Boswell, por exemplo. Outro argumento utilizado pelo autor é o fato de que até o século XI a história bíblica de Sodoma e Gomorra, amplamente difundida para condenar as relações homossexuais, não era assim tão conhecida. Essa situação só viria a mudar a partir das interpretações do teólogo Pedro Damian {6}.

Carlos Callón também sustenta sua tese em algumas contradições observadas tanto na igreja, quanto na sociedade de um modo geral, como, por exemplo, no ideal de amizade no qual “dos hombres podían convivir todo el día, mostrar su desinterés por las mujeres, expresarse su amor, besarse en público o compartir la cama” (MENEZES, 2011, s.p.) no mesmo período em que se condenam as relações homossexuais.

Essas e outras condutas foram controladas com a intenção de mostrar uma história única. No caso da igreja, destaca-se sua postura em relação à sexualidade, fundamentada na difusão de discursos que explicitam regras de conduta cada vez mais rígidas, considerando-se pecado as práticas sexuais que não objetivassem a reprodução, como o coito anal e a masturbação.

Para Michel Foucault (1988), a moral cristã, ao procurar interditar tais práticas sexuais fez com que elas fossem colocadas em discurso. Não bastava “confessar os atos contrários à lei, mas procurar fazer de seu desejo, de todo o seu desejo, um discurso”. (FOUCAULT, 1988, p.27).

Nesse contexto, outros discursos circulavam de maneira não verbal, como as obras de arte, cuja análise pode fornecer pistas importantes de como o corpo e o sexo são discutidos, inclusive na arte religiosa.

1 – Arte religiosa e controle dos corpos

Tomando como referência os estudos de John Boswell e Carlos Callón, argumento que no período em que surgem os cultos católicos à Santa Perpétua & Santa Felicidade no século III, não havia, por parte da igreja, nenhuma restrição às práticas afetivo/sexuais entre pessoas do mesmo sexo e/ou do mesmo gênero.

Utilizo ainda como fonte de interrogação a arte renascentista, iniciada no século XV, por estabelecer uma aproximação muito estreita com o cristianismo, sendo integrada, portanto, ao exercício de um poder pastoral. (FOUCAULT, 1984, p. 15). As regras de representação, do sagrado ou não, consolidadas durante o renascimento não ficaram restritas a esse período. Fazendo uma analogia com o poder pastoral é possível supor que “sua sobrevivência, sua história e desenvolvimento não param aí”. (FOUCAULT, 1984, p. 15).

O Renascimento não é “só um período de transformação tecnológica, econômica e social, como também cultural e artística; e o código de representação que se fixa na Europa nesse momento é fortemente calcado no princípio da alegoria”. (Nicolau SEVCENKO, 1996, p. 118).

A alegoria, em linhas gerais, significa dizer uma coisa através de outra, ou simplesmente representar algo (SEVCENKO, 1996) permitindo ao artista que interfira na maneira de retratar uma pessoa, um fato histórico, uma cena mitológica ou religiosa.

Assim a alegoria se constitui na principal característica da arte sacra e se apoia em vários imperativos, dos quais destaco três: 1 - o imperativo da beleza imaculada, centrada na plasticidade da pele branca que não pode ter nenhuma marca, nenhum sinal e nenhuma deformidade identificadas; 2- o imperativo da vestimenta que determina que o corpo pode ser desnudado desde que a genitália esteja coberta; 3 – e por último, o imperativo da visibilidade plena que se apoia na ideia de que todo rosto encoberto é suspeito, portanto não pode haver nenhum elemento que cubra ou oculte as feições. (SEVCENKO, 1996, p. 121-22).

É fundamental que o imperativo da beleza imaculada e o imperativo da vestimenta sejam complementares e que contribuam para a edificação moral da sociedade e forneça elementos para que o artista produza imagens onde se possa “distinguir claramente os sexos e não confundir o homem com a mulher”. (SEVCENKO, 1996, p. 121). Espera-se ainda que a arte religiosa cristã, como defendia Santo Tomás de Aquino {7}, funcione como instrumento de informação para instruir os que não sabem ler e como estímulo para devoção (Urbano ZILLES, 1997) e forneça elementos visuais eficientes para que se reconheçam, sem maiores dificuldades, quais corpos são considerados sagrados e quais não.

2. Santa Perpétua & Santa Felicidade

Santa Perpétua & Santa Felicidade viveram e morreram em Cartago no norte da África.

No século III foram condenadas à morte devido a sua fé cristã. Foram presas juntas e assim permaneceram até serem decapitadas em 07 de março do ano 203.

Alguns detalhes de suas prisões são conhecidos porque Santa Perpétua mantinha um diário consigo.

Assim, explica a historiadora da arte Kittredge Cherry “el primer documento conocido que en la historia cristiana fuera escrito por una mujer”. (2014, n.p.).

O diário de Santa Perpétua intitulado A paixão de Santa Perpétua, Santa Felicidade e seus Companheiros ficou muito popular no norte da África justamente porque narrava a história de duas mulheres que se consolavam mutuamente no cárcere antes de morrerem tragicamente. (CHERRY, 2014).

Perpétua, de família nobre, filha de pai pagão, tinha um filho pequeno que ainda era amamentado e Felicidade, jovem escravizada pela família de Perpétua, deu a luz dois dias antes de sua morte, quando já estava presa.

Não tardou para que o martírio das duas jovens ficasse conhecido entre os cristãos. A popularidade inicial que conquistaram na região norte do continente africano (CHERRY, 2014), não acompanhou a expansão do cristianismo pelo mundo.

Embora a história e o processo de canonização dessas mulheres estejam entrelaçados, a iconografia que as retrata nem sempre respeita esse fato e é comum a representação isolada de cada uma.

Na Capela Arcivescovile em Ravenna, na Itália, dois mosaicos do século V mostram Santa Perpétua & Santa Felicidade separadas, em retratos individualizados.

Uma pintura assinada por Antonio Ridolfi em 1857 mostra Santa Perpétua sem a companhia de Santa felicidade. Francesco Trevisani, também no século XIX, retratou Santa Felicidade sozinha em uma cena teatralizada onde protege um dos sete cristãos condenados à morte junto com ela.

Outros artistas mantiveram-se mais próximos das narrativas e dos escritos sobre elas, mostrando as duas juntas. Abraços, afagos e trocas de olhares fazem parte do repertório dessas representações que reforçam, de certa forma, a rede de discursos que procura confirmar que a relação entre ambas iam além de uma amizade.

Em 1890, o irlandês George Hare (1857 – 1933) propôs uma versão mais próxima da realidade e “pintó una visión erótica, romántica de Perpetua y Felicitas”. (CHERRY, 2014, s.p.). As duas santas nuas, dormem tranquilas, com seus corpos encostados, no piso de uma prisão. As genitálias de ambas estão encobertas: a de Perpétua pela mão direita de Felicidade, e a de Felicidade encontra-se protegida por um pequeno feixe de palha que lhes serve de colchão.

Perpetua y Felicitas por George Hare
FIGURA 2 – GEORGE HARE, A VITÓRIA DA FÉ, 1890.

A novidade no trabalho de Hare não se resume a ousadia de mostrar explicitamente o envolvimento afetivo/sexual de duas santas católicas. Ele coloca em debate também questões relacionadas à hierarquização da sociedade europeia a partir do pertencimento racial. Felicidade é retratada como uma mulher negra, reproduzindo o modelo de escravização adotado pelos europeus, o que contraria a maneira como outros artistas a retrataram, com a pele branca e com longos cabelos levemente ondulados seguindo os princípios do imperativo da beleza imaculada.

3. Queerizando a arte sacra

Santa Perpétua & Santa Felicidade, na iconografia religiosa, salvo algumas exceções, foram retratadas de maneira mais contida, com certo recato, a partir das normas de uma heterossexualidade hegemônica.

As representações dos corpos dessas santas, mesmo em obras que não se vinculam diretamente ao renascimento, revelam traços dos imperativos da beleza imaculada, da vestimenta e da visibilidade plena, que mesmo assim se mostraram insuficientes para afastar o fantasma da lesbianidade que as envolvem.

Gradualmente, a história de vida dessas santas passou a ser tema do trabalho de artistas que desenvolvem uma linguagem considerada como queer, por abarcar “uma infinidade de dissensos relativos ao corpo, à sexualidade e ao comportamento social divergente das normas”. (Juan Vicente ALIAGA, 2010, p. 05).

A estética queer, em muitas situações, procura dar visibilidade não apenas as sexualidades que foram solapadas pelos dogmas da igreja católica, mas também recuperar, em alguns casos, características étnico-raciais que foram propositadamente modificadas.

Entendo que orientação sexual, identidade de gênero e pertencimento racial são marcadores importantes que se cruzam e que se somam no processo de interdição. “Essa dinâmica de interação tem sido chamada pelo nome de interseccionalidade” (Tatiana Nascimento dos SANTOS; Denise Maria BOTELHO, 2013), um conceito que afirma a coexistência de diferentes vulnerabilidades, violências e discriminações que acontecem de modo simultâneo na vida das pessoas. (Jurema WERNECK, 2013).

A experiência de Santa Perpétua & Santa Felicidade, africanas embranquecidas pela arte europeia pode ser considerado um exemplo dos mais importantes.

Artistas como Maria Cristina (Novo México – EUA), Jim Ru (Arizona – EUA), Eileen McGuckin (Nova Iorque – EUA) e Elisabeth Lamour (França), não duvidam que Santa Perpétua & Santa Felicidade tinham a pele negra e formavam um casal, assim como Robert Lentz, do Colorado - EUA, um “iconógrafo de renombre mundial muy conocido por sus íconos progresistas” (CHERRY, 2011, s.p.).

Santa Perpétua e Santa Felicidade por Robert Lentz
FIGURA 3 – ROBERT LENTZ, SANTAS PERPÉTUA E FELICIDADE, 2005.


Na obra do frade franciscano Robert Lentz (1946) o componente étnico-racial se torna importante como “objeto de reflexão” (ALIAGA, 2010, p. 05), pois permite questionar o processo de colonização europeia e a branquidade hegemônica, chamando a atenção para a necessidade de promover o deslocamento da produção artística para outros centros que não a Europa.

Lentz retrata Santa Perpétua & Santa Felicidade com traços rígidos, nada delicados, questionando abertamente a padronização dos corpos femininos. Além do mais a demonstração do afeto entre elas não é nenhum pouco contida, pois abraçam-se calorosamente e tem em volta de suas cabeças uma única auréola em formato de coração, o que fez com que o artista fosse acusado pela igreja católica “de glorificar el pecado”. (CHERRY, 2011, s.p.).

Lentz é um homem branco que amplia o debate a respeito de uma visão normalizadora para além das questões de gênero e sexualidades e chama a atenção para o fato de que o questionamento das posições da igreja em relação à cis heteronormatividade feito por artistas brancas/os gays ou lésbicas, na maioria das vezes, deixam as questões étnico-raciais de lado e nem sempre problematizam o processo de embranquecimento.

Ao discutir as múltiplas formas de representações dos corpos canonizados, brancos e negros, tanto na arte sacra, quanto na arte queer, é necessário atentar para os múltiplos discursos que estão em operação, justamente porque possibilitam analisar questões que podem reforçar ou desestabilizar visões preconceituosas sobre gênero, identidade de gênero, orientação sexual, raça, dentre outros.

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Megg Rayara Gomes de Oliveira é travesti preta, Doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná, professora, pesquisa relações étnico-raciais, arte africana e afro-brasileira, gênero e diversidade sexual, atua no movimento social de negras e negros e no movimento LGBT. 

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NOTAS DE RODAPÉ

1. Este texto foi extraído do meu artigo “ABRINDO AS PORTAS DO ARMÁRIO CELESTIAL: a representação de corpos de santos gays e santas lésbicas na iconografia religiosa cristã e na Arte Queer”, apresentado no VII Congresso Internacional de Estudos sobre a Diversidade Sexual e de Gênero da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH), em 2014 na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), na cidade de Rio Grande/RS.
2. Travesti preta, Doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná, professora, pesquisa relações étnico-raciais, arte africana e afro-brasileira, gênero e diversidade sexual, atua no movimento social de negras e negros e no movimento LGBT.
3. A arte sacra tende “por natureza a exprimir de algum modo, nas obras saídas das mãos do homem, a infinita beleza de Deus, e estarão mais orientadas para o louvor e glória de Deus se não tiverem outro fim senão o de conduzir piamente e o mais eficazmente possível, através das suas obras, o espírito do homem até Deus” (Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium Sobre a Sagrada liturgia, 1962/65).
4. Cis é a abreviação de cisgênero/a, ou seja, a pessoa que se identifica com o gênero compatível com sua anatomia biológica.
5. No começo do século IV, Sérgio de Resapha e Baco de Barbalissus - considerados erastai (casal de amantes) - viviam em Coele, Síria e ocupavam altos cargos no exército do imperador Cesar Maximiano. Sérgio como primicerius, ou seja, chefe e comandante da tropa de elite e Baco como secundarius, seu auxiliar direto. Convertidos ao cristianismo, Sérgio e Baco foram denunciados pela recusa em participar de ritos que consideravam pagãos, sendo condenados a morte.
6. Pedro Damián, San (1007-1072) - Monge italiano, doutor da igreja e santo, nascido em Ravena e morto em Faenza. Foi nomeado bispo cardeal de Ostia e fez missões diplomáticas na França e na Alemanha, lutando contra dois antipapas. Sua importância se deve acima de tudo ao seu trabalho como reformador da igreja, realizado dentro do movimento que culminaria no pontificado de Gregório VII (reforma gregoriana). Ele insistiu no apoio da vida monástica ao papado e na imposição de práticas monásticas também no clero secular. No campo da teologia, pertence ao grupo dos chamados teólogos antidialéticos, porque eles se opunham à crescente filosofia e teologia escolástica: a dialética e seus métodos não são válidos em questões relativas à fé
7. Santo Tomás de Aquino (1225 – 1274), Itália, foi o maior expoente da filosofia escolástica. Membro da Ordem dos Dominicanos e professor da Universidade de Paris. Fortemente influenciada por Aristóteles e Averróis, sua filosofia é de suma importância para a Igreja Católica até os dias atuais. Durante o Concílio de Trento, sua obra foi colocada no altar ao lado da Bíblia, sendo considerada fundamental para o combate e a refutação do protestantismo.
8. Branquidade define as práticas daqueles indivíduos brancos que assumem e reafirmam a condição ideal e única de ser humano, portanto, o direito pela manutenção do privilégio perpetuado socialmente. (Edith Piza, 2002).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALIAGA, Juan Vicente. Relatos desconformes: teoria queer, política e arte em
um mundo pós-colonial. Revista Poiésis, n 15, p. 15-24, Jul. de 2010. Disponível em: <http://www.poiesis.uff.br/PDF/poiesis15/Poiesis_15_RelatosDesconformes.pdf>. Acesso em 14 mar. 2014.

CHERRY, Kittredge. Perpetua y Felicitas: Patronas de las parejas del mismo sexo. Disponível em: <http://santosqueer.blogspot.com.br/2014/03/perpetua-y-felicitas-patronas-de-las.html>. Acesso em 14 mar. 2014.

FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
__________________. A história da sexualidade 2; o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

MENEZES, Cynara. Ser gay é pecado? Revista Carta Capital, 11 nov., 2011.
Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/ser-gay-e-pecado/>. Acesso em 14 mar. 2014.

PIZA, Edith. Porta de vidro: entrada para branquitude. In: CARONE, Iray e

BENTO, Maria Aparecida da Silva (org.). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2002.

SANTOS, Tatiana Nascimento dos; BOTELHO, Denise Maria. Interseccionalidades, Vulnerabilidades e práticas pedagógicas não-discriminatórias: por um novo paradigma discursivo. Disponível em: <http://www.anped.org.br/app/webroot/34reuniao/images/trabalhos/GT21/GT21-1244%20int.pdf>. Acesso em 02/06/2013.

SEVCENKO, Nicolau. As Alegorias da experiência marítima e a construção do europocentrismo. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz; QUEIROZ, Renato da Silva (Org.). Raça e Diversidade. São Paulo: EDUSP, 1996.

WERNECK, Jurema. Construindo a equidade: estratégia para implementação de políticas públicas para a superação das desigualdades de gênero e raça para as mulheres negras. Rio de Janeiro: Articulação de Mulheres Negras Brasileiras, 2007. Disponível em <http://www.amnb.org.br/Equidade%20AMNB.pdf>. Acesso em 18 abr. 2013

ZILLES, Urbano. A iconoclastia. Revista Teocomunicação, v. 27. Dez., 1997. Disponível em: <http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/iconografia/a_iconoclastia.html>. Acesso em 14mar. 2014.

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2 comentários

Muito interessante o texto e mais interessante é a proposta do blog como ferramenta de descontrução das “verdades” vigentes, dos estudos da historia real, incentivo a leitura séria, com as citações etc….Muito bom trabalho! Obrigada.

Denise Ribeiro

Sensacional esse texto. Estou extasiada.
Gostaria de agradecer pelo texto e pergunta onde encontro o artigo “ABRINDO AS PORTAS DO ARMÁRIO CELESTIAL: a representação de corpos de santos gays e santas lésbicas na iconografia religiosa cristã e na Arte Queer” ?
Quero muito ler o artigo.
Sou lgbt e é sempre incrível saber que existe pessoas vasculhando e nos trazendo informações tão importantes.
Esse ano me deu uma vontade enorme de cursar Antropologia com foco na temática lgbtqi+, gêneros e afins para trazer mais e mais importância, visibilidade e representatividade pra nos.
Obrigado mais uma vez.

Pri campelo

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