Nossos filhos nos precisam vivas, não perfeitas.
São 6 anos de marca-protesto, com 56 frases onde 26 são parcerias e/ou cocriações e esse é mais um lançamento que nos enche de orgulho. As mães estão exaustas e não faltam amarras para soltar nesse contexto de muita pressão, solidão e insegurança.
“Não me chame de mãe” é um projeto das artistas Carolina Damião e Luciana Navarro que põe luz sobre a rotina materna, a invisibilidade das tarefas diárias de cuidado, as sobrecargas e tentativas de reinserção a contextos sociais e profissionais de uma mãe.
Ele engloba a montagem de uma peça teatral de mesmo nome, que é um monólogo de autoria conjunta atuado por Carolina Damião e dirigido por Luciana Navarro. Duas artistas que tiveram suas trajetórias atravessadas pela maternidade solo, permeando seus processos artísticos e suas criações desde então. Carolina é mãe do Miguel de 3 anos, Luciana é mãe da Nina de 14 e do Gian de 8 anos.
"Seja a mãe que você puder." é um dos desdobramentos desse projeto sobre rede de apoio e desromantização da maternidade e estampa a nova parceria Peita.
Uma mensagem para ampliar a discussão sobre a sobrecarga materna e mais essa cobrança social em cima da mulher. Mas antes disso, é uma mensagem de acolhimento, de afeto e reconhecimento.
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MÃE POSSÍVEL, um manifesto.
A Mãe Possível cuida dos filhos levando em consideração que ela própria também precisa de cuidados. É a mãe que, acima de tudo, respeita e protege os direitos das crianças, mas que não abre mão de encontrar soluções que assegurem a própria integridade física e mental.
A Mãe Possível parou de tentar fazer as contas fecharem, porque entendeu que elas não foram feitas para fechar, e sim para a manutenção da sobrecarga materna, mantendo todas as outras pessoas desresponsabilizadas.
A Mãe Possível está atenta aos golpes da romantização e está disposta a não carregar mais as culpas que lhes são impostas, porque percebeu que a culpabilização é uma ferramenta de controle materno utilizada por aqueles que não querem ter que se responsabilizar pela existência das crianças.
A Mãe Possível desistiu de tentar ser perfeita e começou a amar ser ela mesma a caminho de estabelecer a melhor relação possível com seus filhos e com o mundo à sua volta. A Mãe Possível quer ver seus filhos felizes e observou que grande parte da felicidade deles depende da felicidade dela própria.
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Leia a entrevista que fizemos com Carolina e Luciana, as idealizadoras do projeto "Não me Chame de Mãe":
Peita - Quais são os desafios para uma mãe possível?
Carol Damião - Falar em direitos das mães é algo muito recente. Acredita-se e reforça-se muito a ideia de que a mãe que se prioriza está negligenciando os filhos. Garantir os direitos das mães é uma luta porque vivemos em um sistema que se beneficia com o silenciamento e a invisibilização das mães e das tarefas atribuídas a elas. Pode ser que muitas mães tenham medo de “vestir essa camisa” porque a maioria delas ainda está impregnada de culpa e medo, talvez tenham receio de comunicar o que a frase solicita delas. Há um imenso desafio que é o de fazer as pessoas compreenderem que “Ser a mãe que você puder” não significa negligenciar os filhos e sim lutar para que os filhos não sejam negligenciados por falta de estrutura, de apoio, de energia.
O que "Seja a mãe que você puder." significa pra você?
Carol Damião - Significa pra mim a liberdade de podermos fazer escolhas, de podermos cuidar de nossos filhos da maneira como eles merecem e precisam, mas sem descuidarmos de nós mesmas. Essa frase me liberta e eu espero que ela faça com que outras mães também percam o medo de serem livres ou de perderem o amor de seus filhos por buscar as próprias alegrias.
Luciana Navarro - Pra mim é um rezo, um sonho, um pedido, uma visão. É para que cada pessoa que é mãe possa criar sua própria forma de maternar, sem culpa e sem seguir padrões pré-estabelecidos e limitadores. Que a maternidade possa ser compartilhada com muitas pessoas e que essas pessoas estejam dispostas a amar as crianças mesmo não as tendo parido. Que se construa uma sociedade onde mães e crianças sejam acolhidas, amparadas e incluídas. Ame as mães e se alegre quando ela estiver feliz, descansando, passeando, se divertindo, namorando, amando, ganhando dinheiro.
Quanto tem de vocês nessa frase?
Carol Damião - Tem muito da minha coragem, do meu desejo por transformações e da minha luta pela garantia do direito das crianças. Nenhuma criança merece ser criada somente por uma mãe exausta e sobrecarregada. Dizem que rede de apoio é para as mães, mas na verdade é para que as crianças possam estar amparadas enquanto as mães possam existir também de outras formas. É saudável, é urgente e é um assunto de todos.
Luciana Navarro - Um pedido de socorro, uma afirmação de presença e uma possibilidade de encontro. “Seja a mãe que você puder” é uma frase que engaja meu coração a pulsar junto com outras pessoas que são mães ultrapassando barreiras individuais e atravessando diferenças e impulsionando a união.
E sobre o projeto "Não Me Chame de Mãe", o que podemos esperar?
Carol Damião - Nossa primeira ação será a montagem do espetáculo, que estreia com 07 apresentações em Maringá-PR (previsão para o segundo semestre de 2023), todas com roda de conversa posterior às apresentações e oficinas formativas intituladas “Teatro como ferramenta de comunicação para a Liberdade”. Também conta com o desenvolvimento de um informativo social bem humorado, gerando um material de acolhimento e apoio para mães e pessoas que desejam ter filhos com o título “Manual de Sobrevivência na Maternidade.”
Como conheceram a PEITA e por que nos escolheram para uma parceria?
Carol Damião - Conheci a Peita pela frase “Lute como uma Garota” e me interessei muito pelo ativismo que ela representa no fortalecimento da voz das mulheres. Depois descobri que a marca era da Karina, que iniciou faculdade de cênicas comigo e por quem sempre tive admiração. Para mim não fazia sentido não ser com a PEITA, já que é uma marca que apóia outras causas com as quais me identifico e que abriu um espaço nesse mercado merecendo destaque pela originalidade, criatividade e curadoria.
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ONDE COMPRAR
O projeto tem prioridade nas vendas nesse primeiro ano. Para comprar, clique aqui.
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Carolina Damião @carolina_damiao_ | www.carolinadamiao.com.br
Luciana Navarro | @gloz.arte
Página do Projeto | @naomechamedemae
